Os mortos se levantam,
As mulheres recolhem as flores
Que foram postas em seus túmulos
E enfeitam os cabelos,
Os homens recolhem velas
E iluminam o mausoléu,
As roupas e os corpos
Roídos pelos vermes,
O sangue coagulado
E o coração parado.
Além do cravo e da harpa,
O tilintar de seus ossos
Ecoa pela noite
Numa valsa de rara beleza.
E enquanto choramos,
Eles celebram e esperam
O dia em que nos juntaremos a eles.
As mulheres recolhem as flores
Que foram postas em seus túmulos
E enfeitam os cabelos,
Os homens recolhem velas
E iluminam o mausoléu,
As roupas e os corpos
Roídos pelos vermes,
O sangue coagulado
E o coração parado.
Além do cravo e da harpa,
O tilintar de seus ossos
Ecoa pela noite
Numa valsa de rara beleza.
E enquanto choramos,
Eles celebram e esperam
O dia em que nos juntaremos a eles.
.

Flávia Roberta – Margaridas Selvagens,1999
Realmente o visual de Noiva cadáver, combina com a poesia:)
ResponderExcluir