sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O ALBUM


Depois de uma vida de Sonho...
E de dois anos de espera...
O Cinza ganhou cor
O que não tinha sentido ficou claro,
O dia ganhou propósito,
O certo só vira certeza depois do amém
E só a segurança
De alguém pra erguer,
Já impede de cair.
Um salto alcança o distante
E quem vai chegar já está aqui!
Somando sonhos
Somando realizações
Somando famílias,
Somando amor
O “nesta data querida”
Virou “para sempre”!

Felicidades!!
Flávia Roberta Vieira

Casar é melhor!




Na quarta- feira a tarde a Lili me ligou no meio do expediente perguntando se poderia passar todo o fim de semana comigo. Na hora achei o pedido estranho mas disse a ela que ligaria mais tarde para combinarmos direito, porque estava no meio de uma audiência publica fazendo fotos.
Mais a noite, liguei para o Mário, que foi logo explicando que precisaria viajar a trabalho e, por sugestão da menina, queria saber se eu poderia recebê-la no meu apartamento por apenas dois dias, caso ela não fosse atrapalhara a minha “lua de meu”.
Avisei ao Mário que meu marido viajaria naquele fim de semana e por isso mesmo seria muito bom que a Lili viesse ficar comigo.
- Será um fim de semana só de meninas! - Avisei.
Na sexta a noite, assim que saí do trabalho, fui buscar a menina, que como de costume, me recebeu com um abraço de quebrar costelas.
- Que saudade, tia. Pensei que nem lembrasse mais de mim!
- O,i meu amor, é claro que eu me lembro de você e por isso mesmo achei ótima a sua idéia de passar esses dias comigo.
- Um fim de semana só de meninas, né. tia!
-Exatamente, meu amor!
- E pra onde foi o tio, tia?
- Viajou a trabalho, meu bem, mas já ta voltando. Mas ele deixou um beijão pra você.
Assim, desejamos uma boa viajem e nos despedimos de Mário. Entramos no carro e fomos para o meu apartamento.
No caminho, resolvemos parar nuam pizzaria e pedimos uma pizza de calabresa: a preferida da Lili. Depois, fomos tomar sorvete duplo de casquinha,: pra mim, dragão vermelho e pavê, pra ela, brigadeiro e morango com, muita cauda de chocolate. Conversamos sobre a escola,. Sobre a Betinha, sobre a cachorra da vizinha, sobre o novo filme da Harry Potter e sobre as estrela...
Já chegando no apartamento, Lili jogou a mochila e correu porta adentro, entrou nos quartos, no banheiro, passou pela varanda e voltou para a cozinha, onde abriu a geladeira e disse:
- Quanta coisa gostosa tia! É tudo seu?
É lógico que a minha geladeira não fica sempre tão cheia, na verdade, como eu passo o dia todo fora, acabo comendo de quentinha, a noite, como no shopping ou acabo comprando um pãozinho pra tomar com café e leite, mas como sei que a Lili gosta dessas coisas de crianças, passei no supermercado e enchi sacos e sacos de guloseimas: bolacha, danone, suco, fruta, sorvete, queijo, presunto, pizza, refrigerante, tudo pro fim de semana.
- É tudo pra gente, linda!
Ai eu expliquei para Lili que ela tinha a opção de ficar no quarto de hospedes ou dormir comigo. Ao que ela perguntou:
- Você pula na cama tia?
-Não, meu amor, por quê?
- Ora, tia, quando o tio viaja você fica com uma cama enorme só pra você e não pula?
- Bom Lili, é que se a gente pular na cama pode quebra alguma coisa, ou pior, a gente pode cair e quebrar um braço ou uma perna...
Ela pensou, pensou...
- E andar molhada pela casa, você anda, tia?
- também não, amor, so quando esqueço a toalha, mas porque estas perguntas??
- Mas você dorme bem tardão. Tia?
- Nada! Durmo até cedinho porque saio cedo e volto muito cansada do trabalho.
- Ela pensou, pensou...
- Mas beber na boca da garrafa você bebe, né tia?!
- Ri bastante e respondi:
Na verdade, só quando a coca- cola já ta bem no finzinho... ma eu prefiro beber no meu copinho de inox, quer ver?
Ela fez que sim com a cabeça e então fomos ate a cozinha pra pegar o copinho na geladeira.
- Ma é um copo comum, tia, tipo o de todo mundo!
- Mas o meu tem o meu nome gravado, então é só meu! Você quer um copinho igualzinho, só pra você Lili?
- Acho que sim, tia!
Bom, naquela noite começamos a assistir um filme que tínhamos alugado mas Lili acabou pegando no sono bem cedo e eu fiquei pensando naquelas pergunta, até que me toquei que quando a gente é criança pensa que quando crescer e tiver uma casa todinha nossa a gente vai poder fazer essas coisas que os pais não deixam a gente fazer tipo pular na cama, andar de calcinha pela casa e ate beber na boca da garrafa...
No dia seguinte, acordei a Llili bem cedo toda melhada e enrolada na toalha, aí fomos passar a manha no clube. Almoçamos coxinha de galinha com farofa comendo com as mãos, depois fomos ao supermercado e compramos garrafinhas coloridas, uma pra cada, para podermos beber na boca.
Para a tarde compramos um montão de revistinhas e fizemos guerra de pipoca no tapete da sala e, por fim, pulamos na antiga cama de molas que fica no quarto de hospedes.
A noite alugamos um montão de desenhos e ficamos “pescando”até bem tardão, tipo assim umas onze horas...
No domingo acordamos tarde e fomos para a missa das 10h, depois almoçamos sanduíche e resolvemos fazer um bolo de chocolate para o Mário. Nem precisa dizer que a cozinha ficou uma bagunça e com um terrível cheiro de ovo que só de pensar consigo até sentir... eca! Enquanto esperávamos o bolo ficar pronto, lambemos as vasilhas e comemos uma “parte” do brigadeiros da cobertura... mas o bolo ficou lindo que só vendo!
Por volta das cinco horas tomamos banho e ficamos secando sentadinhas na varanda só de toalha. Uma penteando o cabelo da outra, fazendo maquiagem e pintando as unhas.
Depois, descascamos e torramos amendoim e pedimos uma pizza de queijo e coca-cola para a janta. Ás oito horas já estávamos deitadinhas na cama assistindo vídeos antigos dos meus aniversários. Lili morreu de rir com as roupas e com os penteados, mas o que ela gostou mesmo foi de ver minhas amigas de hoje bem novinhas.
- Nossa, tia, vocês eram meninas muito feinhas e o seu gosto pra roupa ta melhor agora, viu!
- Brigada, Lili, mas aquela roupa de couro com bota e cobrinha no cabelo era o ultimo grito da moda, viu! Eu esta super in!
- in- pagável, né tia?!?
Dormimos grudadinhas comentando as histórias de como era a minha infância.
Na segunda-feira, acordei com a campainha tocando: era a dona Francisca, a faxineira, que quase pediu as contas quando viu a situação em que se encontrava a casa. Como já estava deveras atrasada, liguei pro trabalho e avisei que estava doente, tipo assim, com dor de barriga, e voltei a dormir de costela com minha sobrinha.
A tarde, levei a Lili até a escola e combinei de busca-la as cinco para irmos pegar o Mario já com o bolo. A previsão era que o vôo de Mario chegasse por volta das seis horas. E aasim fizemos.
Enquanto esperávamos o avião do Mário no aeroporto, Lili me perguntou?
Tia, se morar sozinha é tão bom, porque você se casou?
Eu poderia dizer que quando a gente ama quer ficar com a pessoa amada o tempo todo: quer dormir junto, acordar junto, contar tudo que aconteceu, o que pensa, o que sonha, quer discutir planos, quer construir idéias, que cheirar, abraçar, beijar... mas preferi responder assim:
- Há, meu amor, porque casar é melhor ainda!