sábado, 14 de junho de 2008

O bolo de Santo Antônio

Como eu já disse uma vez, adoro essas coisas de tradição. Gostos das festinhas de natal, ano novo, tudo sempre igualzinho. E, pra mim, tem uma com um gostinho muito especial:

A festa de Santo Antônio.


Todos os anos eu e a Alla nos juntávamos, na noite do dia 13 de junho, para fazermos algumas simpatias, tipo colocar uma faca na bananeira, para depois comermos o pão de Santo Antônio que a mãe dela trazia da missa. Já no terceiro ano, a Silele e a Cruizinha passaram a participar da convenção anual. Entre as novidades trazidas pela Cruz, o tal bolo de Santo Antonio.


Uma de nós era incumbida de fazer o bolo e esconder a imagem. Rezava a tradição que quem achasse, casaria no mesmo ano. Nós, pobres solteiras, destrincharmos o bolo na busca. Teve um ano que sugeriram ate passar as migalhas na pereira... Era uma farra sem precedentes, principalmente pra mim, que adoro doce. As vezes outras amigas iam, ou uma de nos faltava porque estava namorando... mas a tradição foi mantida.

No final da noite, nos reuníamos em frente a uma bacia com água e íamos pingando tantas gotas de vela quanto fosse a nossa idade pra formar a letra do nome da pessoa com quem íamos nos casar. Os pingos foram aumentando e as letras se diversificando. O mais engraçado mesmo era a leitura das letras, porque todas queriam por força que formasse a letra do nome da pessoa amada, o que dificilmente acontecia.

Pois bem, ontem, como já é tradição, fui comer o bolo de Santo Antonio e conversar com minhas queridas amigas. Este ano a Alla não pode ir porque esta morando numa cidade do interior, lá no cafundó das brenhas.


A Sileli estava lá, e depois de alguns anos sem falar comigo, me abraçou com o carinho que só a cumplicidade permite.


Outras colegas, novas colegas, todas procurando no mais ínfimo pedaço, a imagem do santinho casamenteiro. E olha que foram colocadas duas.


Desde o ano passado o bolo é servido na casa da Cruizinha, porque há dois anos ela teve um filho- o Rodrigo- exatamente na noite do dia 13 e junho. E é por isso que agora tenho a certeza que a nossa tradição durará por muitos, mais muitos anos.

2 comentários:

  1. nossa Fábia, vc fez eu viajar em pensamentos nestas tuas linhas. no próximo ano quero retornar a fazer o ritual. deu certo com a cruizinha, né!!!!

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