Da primeira vez...
Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
É lógico que eu não vou contar aqui o final do filme, mas o fato é que reconheci muito de mim na história.
Como no filme, escolhi contar as minhas histórias de um jeito mais bonito e colorido. Talvez pelo fato de ser o umbigo do Meu mundo, me sinta no absoluto direito de pintá-lo com as cores que achar melhor... sejam elas rosa, roxo, azul, lilás, flicts, fuccio ou simplesmente branco e preto com toques de cinza (se bem que intromissões carinhosas são sempre bem vindas, principalmente quanto através de um lindo tapete vermelho...).
Sim, eu escolhi acreditar que o amor existe e que a vida pode ser bem mais bela quando olhada através dos olhos de quem muito se ama... E Deus sabe o quanto o meu mundo tem sido belo!!!
Também escolhi acreditar que sou fiel merecedora de todo o maior e tão somente mais sincero amor do mundo, e mais: nem nada nem ninguém poderá destituir-me do direito de lutar por um final feliz.
Mas nem mesmo no Meu mundo tudo são flores!
Eu teimo em esperar sempre o melhor das pessoas. Isto é uma triste constatação, pois esse comportamento por muitas vezes me fez sofrer, mesmo porque eu não escolhi ser assim, eu sou assim e pronto!
Acredito nas pessoas, acredito que é possível aprender com os erros, acredito em agarrar novas oportunidades, acredito que todos querem sempre o bem para a humanidade e acredito no perdão.
Gasto preciosas horas do meu tempo tentando encontrar justificativas para os erros alheios, principalmente para os erros das pessoas que gosto, e sim, me recuso a acreditar que alguém faça o mal pelo simples fato de querer o mal de alguém.
Também sou desse tipo de pessoa que puxa assunto na rua, que anda sorrindo sozinha no carro, que não se incomoda em fazer gentilezas numa loja, que ajuda mesmo que não sabe que precisa...
Mas eu infelizmente estou começando a mudar. Estou aprendendo, por exemplo, a não esperar o melhor nem mesmo das pessoas que acredito me amarem, aprendendo a não colocar a vontade dos outros perante as minhas próprias, a não me deixar julgar e a perceber que existem sim, muitos pesos e muitas medidas e só eu posso decidir quais usar.
Minha mãe sempre disse: "a gente só se decepciona com quem a gente ama... "Mas eu tenho aprendido ainda que é exatamente pelo fato de muito amar que não sou obrigada a entender e perdoar os erros dos outros. Tamanho amor, tamanha dor! Eu tenho todo o direito sim de me sentir magoada, desrespeitada, vilipendiada e me manter distante das pessoas com as quais não estou disposta a conviver neste momento. Amar sim, cegar, nunca!
Por fim, gostaria externar que escolho, por livre e espontânea vontade, ser a pessoa mais feliz e realizada do mundo. Custe o que custar e doa a quem doer!
E pra cada um, a justa e fiel conseqüência de seus atos!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca,
Não haverão de arrancar a luz sagrada!
(Da primeira vez... Mario Quintana)
The End